Por Zé Ruy
Logo que vi a notícia no ar, fiquei pasmo. Não quis acreditar no que vi. No ímpeto do choque corri para o computador a fim de checar a informação na internet e constatei,pelo site G1, que ela era verdadeira... e que era eu quem não estava conseguindo acreditar no que lia.
A reportagem trata a respeito de um grupo de religiosos no sul do país que quer mudar o nome Garganta do Diabo de uma das quedas das Cataratas do Iguaçu. Vemos, assim, a “objetividade” do Evangelho no Brasil, que produz fatos e lendas (muitas vezes, é verdade) de crentes jogando óleo de helicópteros a fim de ungir cidades, querendo “converter” o Carnaval e, agora, querendo rebatizar uma das quedas das Cataratas do Iguaçu.
Chego à conclusão de que, por mais forte que sejamos ou viéssemos a ser, a nossa força está sendo empregada de forma errada! De que adianta nossa força se o objetivo no qual ela é empregada é tão difuso e intangível. Se você discorda de mim, me diga quais serão os frutos palpáveis de se mudar o nome da queda d’água em questão que não seja formada apenas por conjecturas religiosas!
Muito me admira o Evangelho de aparências que a Igreja brasileira está vivendo. Enquanto queremos ser reconhecidos como grupo religioso, político, ideológico forte através de ações de visibilidade como esta, nossos líderes viajam com dólares escondidos, participam de corrupção e lavam dinheiro. É o “faça o que digo, mas não faça o que faço”; é querer investir em coisas que nos trazem renome e pompa, ao invés de investir em algo que talvez não traga visibilidade, mas seja bem mais efetivo. Por qual razão esses religiosos não se reuniram a fim de propor uma ação social conjunta, ao invés de propor algo tão tolo e efêmero como a troca de nome da Garganta do Diabo? Tenho certeza absoluta que o amor de Deus seria propagado bem melhor daquela do que desta forma.
Por qual razão temos tanta facilidade de nos juntarmos diante de questões desse quilate e tanta dificuldade de nos mobilizarmos em elaborar estratégias para nossas Igrejas? Por que é tão fácil nos reunirmos num churrasco de fim de semana com os irmãos, mas tão difícil de nos reunirmos para um culto de doutrina? Por que é tão fácil nos reunirmos para um retiro, mas tão difícil nos juntarmos para sair e evangelizar em grupo?
É necessário que façamos uma revisão em nossos conceitos, igreja do Senhor. Enquanto vidas sem Cristo estão a perecer, estamos querendo trocar nome de cataratas, construir templos faraônicos e colocar o nome de Deus em bandeiras de nossos Estados. Que esse texto tão forte possa servir para desperta-lo como parte importante da Igreja de Cristo, capaz de mudar a história do Brasil com ações mais efetivas e poderosas do que as que geralmente praticamos.
A reportagem trata a respeito de um grupo de religiosos no sul do país que quer mudar o nome Garganta do Diabo de uma das quedas das Cataratas do Iguaçu. Vemos, assim, a “objetividade” do Evangelho no Brasil, que produz fatos e lendas (muitas vezes, é verdade) de crentes jogando óleo de helicópteros a fim de ungir cidades, querendo “converter” o Carnaval e, agora, querendo rebatizar uma das quedas das Cataratas do Iguaçu.
Chego à conclusão de que, por mais forte que sejamos ou viéssemos a ser, a nossa força está sendo empregada de forma errada! De que adianta nossa força se o objetivo no qual ela é empregada é tão difuso e intangível. Se você discorda de mim, me diga quais serão os frutos palpáveis de se mudar o nome da queda d’água em questão que não seja formada apenas por conjecturas religiosas!
Muito me admira o Evangelho de aparências que a Igreja brasileira está vivendo. Enquanto queremos ser reconhecidos como grupo religioso, político, ideológico forte através de ações de visibilidade como esta, nossos líderes viajam com dólares escondidos, participam de corrupção e lavam dinheiro. É o “faça o que digo, mas não faça o que faço”; é querer investir em coisas que nos trazem renome e pompa, ao invés de investir em algo que talvez não traga visibilidade, mas seja bem mais efetivo. Por qual razão esses religiosos não se reuniram a fim de propor uma ação social conjunta, ao invés de propor algo tão tolo e efêmero como a troca de nome da Garganta do Diabo? Tenho certeza absoluta que o amor de Deus seria propagado bem melhor daquela do que desta forma.
Por qual razão temos tanta facilidade de nos juntarmos diante de questões desse quilate e tanta dificuldade de nos mobilizarmos em elaborar estratégias para nossas Igrejas? Por que é tão fácil nos reunirmos num churrasco de fim de semana com os irmãos, mas tão difícil de nos reunirmos para um culto de doutrina? Por que é tão fácil nos reunirmos para um retiro, mas tão difícil nos juntarmos para sair e evangelizar em grupo?
É necessário que façamos uma revisão em nossos conceitos, igreja do Senhor. Enquanto vidas sem Cristo estão a perecer, estamos querendo trocar nome de cataratas, construir templos faraônicos e colocar o nome de Deus em bandeiras de nossos Estados. Que esse texto tão forte possa servir para desperta-lo como parte importante da Igreja de Cristo, capaz de mudar a história do Brasil com ações mais efetivas e poderosas do que as que geralmente praticamos.
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José Ruy Pimentel de Castro é vice-presidente do Instituto Política Global, professor, mestrando em Relações Internacionais pela UNLP (Universidad Nacional de La Plata/Argentina).