sexta-feira, 30 de julho de 2010

A melhor maneira de se descobrir um cristão fake

Recentemente assisti a uma entrevista de um blogueiro que criou uma personagem fake, com o objetivo de ridicularizar os evangélicos. Segundo ele, mais de trinta mil pessoas visitam diariamente seu blog, e mesmo com toda a zoação (abuso de clichês, palavras chulas e situações pouco prováveis para um cristão), muitos acreditam que tudo aquilo é real.

Como esta personagem, há milhares de fakes circulando na internet, alguns tão sutis que é quase impossível dar-se conta de que não sejam pessoas reais.

Pior do que os fakes cibernéticos, são os de carne e osso que circulam nossas igrejas e nossas vidas, fazendo-se passar por aquilo que não são. Como reconhecê-los? Será que existem pastores fakes? Gente que sobe ao púlpito descaradamente, fingindo ser o que não são? Infelizmente a resposta é sim. Não dá pra confiar em tudo o que vemos e ouvimos.

Também recentemente, um pastor brasileiro que tem sido convidado para pregar fora do País, foi desmascarado, por usar dados do perfil do Orkut das pessoas como se fossem revelações dadas por Deus.

Até quando seremos enganados por esses fakes?

Como perceber que alguém é o que de fato diz ser? Como saber se aquela pessoa realmente teve um encontro com Deus?

Uma sociedade baseada em aparência, facilmente se deixará enganar por aqueles que ostentam uma piedade de fachada. Basta que o sujeito use meia dúzia de jargões religiosos, e pronto. Já enganou metade das pessoas do seu convívio.

Escrevendo a Tito, Paulo denuncia os que "professam conhecer a Deus, mas negam-no pelas suas obras, sendo abomináveis, desobedientes e reprovados para toda boa obra" (Tt.1:16).

Discursar sobre teologia não significa conhecer a Deus. Tive um professor no seminário que se dizia ateu. E aí?

Tempo de casa também não significa nada. Conheço gente que abraçou a fé há tão pouco tempo, mas que já conhece a Deus com mais profundidade do que alguns que nasceram e foram criados no ambiente da igreja.

Então, como podemos inferir se alguém conhece ou não a Deus, ou ainda, se é um cristão legítimo ou um fake? Do ponto de vista de Deus, não há qualquer problema. Afinal de contas, "O Senhor conhece os que são seus" (2 Tm.2:19a). Mas do ponto de vista do lado de cá, só há uma maneira de saber quem de fato conhece a Deus: "Qualquer que profere o nome do Senhor aparte-se da injustiça" (v.19b).

Vamos tentar entender melhor isso através de uma passagem não muito conhecida do Antigo Testamento:

"Eram os filhos de Eli, filho de Belial; não conheciam o Senhor" (1 Sm.2:12).

Como pode alguém ser filho do Sumo-sacerdote, e não conhecer a Deus? Nem sempre filho de peixe, peixinho é. Embora fossem filhos de Eli, aos olhos de Deus eram filhos de Belial (nome usado no AT em referência a Satanás).

Como o escritor sagrado chegou à esta conclusão? Vejamos o relato:

"Ora, o costume desses sacerdotes para com o povo era que, oferecendo alguém um sacrifício, estando-se cozendo a carne, vinha o moço do sacerdote com um garfo de três dentes na mão ( o famoso ‘tridente’). Metia-o na caldeira, ou na panela, ou no caldeirão, ou na marmita, e tudo o que o garfo tirava, o sacerdote tomava para si. Assim faziam a todo o Israel que ia a Siló”(vv.13-14).

Este era o meio de subsistência dos sacerdotes. Eles se dedicavam integralmente ao culto, e dependiam das ofertas para sobreviver. Porém, havia um protocolo a ser seguido.

“Mas antes mesmo de queimarem a gordura, vinha o moço do sacerdote e dizia ao homem que sacrificava: Dá essa carne para assar ao sacerdote; ele não aceitará de ti carne cozida, senão crua. Se lhe respondia o homem: Queime-se primeiro a gordura, e depois tomarás o que quiseres, então ele lhe dizia: Não, hás de dá-la agora; se não, tomá-la-ei à força. Era muito grande o pecado destes moços perante o Senhor, pois desprezavam a oferta do Senhor” (vv.15-17).

De acordo com o protocolo, a carne dos animais sacrificados deveria ser colocada no caldeirão, até que a gordura se queimasse, e assim, o sacerdote meteria seu garfo e retiraria a sua parte. Mas a gordura tinha que queimar.

Os filhos de Eli não tinham paciência de esperar que a gordura se queimasse. A gordura representava a melhor parte, e esta pertencia ao Senhor. Mas eles não se satisfaziam com a parte que lhes cabia no caldeirão.

Eles foram enredados pela mesma proposta feita pela serpente ao primeiro casal no Éden. Abocanharam o que pertencia exclusivamente a Deus.

Quem conhece a Deus, ama a justiça e foge da injustiça.

Justiça é dar a cada um o que lhe é de direito. A Deus o que é de Deus, a César o que de César, ao empregado o que é direito seu, ao patrão, idem, ao cônjuge a sua parte (1 Co.7:3-5), e assim por diante.

Em vez de lutar por lucro, quem conhece a Deus luta por justiça. Não importa quem vai ficar com a melhor parte do bolo, desde que isso seja justo.

Nas palavras do apóstolo, “dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo, a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra. A ninguém devais coisa algum, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros” (Rm.13:7-8a).

Dar honra é o inverso de querer tirar vantagem.

O que denunciava que os filhos de Eli eram na verdade “filhos de Belial”, e, portanto, sacerdotes fakes, era o fato de quererem tirar vantagem em tudo, até daquilo que pertencia ao Senhor.

É claro que temos direitos, porém o direito alheio vem sempre em primeiro lugar. Temos que esperar a gordura queimar, para tirar o que é nosso. É disso que Paulo fala em Romanos 12:10: “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-os em honra uns aos outros.” Ser cordial é ceder a vez, é por o interesse do outro acima do nosso, como nos orientou Paulo em outra passagem: “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade, cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um somente para o que é seu, mas cada qual também para o que é dos outros” (Fp.2:3-4).

Sempre haverá um caldeirão diante de nós, e nossa postura ao metermos nosso garfo vai revelar de quem somos filhos.

É simples assim:


“Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do diabo: quem não pratica a justiça não é de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão” (1 Jo.3:10).

Postado por Hermes C. Fernandes 

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Estou furioso!

"Pelo que estou cheio do furor do SENHOR" (Jr 6.11)
Estou furioso!

Estou em Lisboa, Portugal, ministrando a Palavra de Deus em algumas igrejas e tenho me encontrado com pastores de outros países da Europa. Um deles recebeu, neste ano, um certo conferencista que, ao ouvir a menção do meu nome, xingou-me, segundo o pastor, de “tudo quanto é nome” e demonstrou estar furioso comigo por causa das minhas abordagens críticas e análises à luz da Bíblia contidas neste blog e em meus livros Erros que os Adoradores Devem EvitarEvangelhos que Paulo Jamais Pregaria e Erros que os Pregadores Devem Evitar, editados pela CPAD.

Fiquei um tanto preocupado e decepcionado ao saber que um pastor (pastor?) de renome pronunciara vários impropérios e ameaças contra mim, não tendo nenhum constrangimento em demonstrar a um obreiro o quanto está furioso comigo. Mas, depois de orar um pouco e pensar a respeito do assunto, cheguei à conclusão de que eu também estou furioso...

Estou furioso com a superfluidade que impera no meio evangélico, a qual tem levado muitos crentes a valorizarem o que não tem valor (por exemplo, “revelações” pelo Orkut, falsos milagres, berros ensurdecedores ao microfone, animação de auditório, gracejos sem graça, como “Vai dar um glória ou vai ficar com cara de desviado” ou “belisque o seu irmão até ele dizer aleluia”, etc.) e desprezarem o que verdadeiramente é precioso: a exposição da Palavra.

Estou furioso porque muitos jovens que podiam passar a noite orando e estudando a Palavra de Deus preferem se divertir em baladas gospel... Isso graças ao relativismo, às efemeridades e ao triunfalismo que aprendem de seus cantores-ídolos e super-pregadores, movidos por “nobres” intere$$e$.

Estou furioso com as cantorias intermináveis nos cultos. Às vezes, fico com a impressão de que, se pudessem, alguns obreiros excluiriam a pregação do programa... Não sabem eles que, em seu ministério terreno, o Senhor Jesus mais pregou e ensinou do que cantou?

Estou furioso com os shows e toda a sua parafernália, os quais ajuntam milhares de pessoas, levam-nas ao delírio, mas também as afastam da Palavra de Deus, da manifestação genuína dos dons espirituais, da reverência, da verdadeira adoração em espírito e em verdade, etc.

Estou furioso com as canções e falações antropocêntricas e triunfalistas, que levam os crentes a supervalorizarem o poder de suas declarações de fé, esquecendo-se de depender inteiramente do Senhor e de se submeter a Ele como servos. Essa geração não faz outra coisa a não ser “profetizar” isso e aquilo, na hora em que bem entende... “Somos boca de Deus na Terra”, dizem. Mas a verdadeira voz e autoridade proféticas têm aqueles que valorizam a Palavra de Deus, e não as palavras “mágicas”.

Estou furioso com embaraços e pecados, que tão de perto nos rodeiam...

Mas não estou furioso com nenhuma pessoa! Não estou furioso nem com o Diabo! Afinal, se eu odiá-lo, estarei me igualando a ele! Eu aborreço, sim, as obras de Satanás. Por isso, sigo a Cristo e me sujeito a Ele (Tg 4.7), sendo fiel ao que a Palavra do Senhor diz em 1 João 3.8: “Quem comete pecado é do diabo, porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo”.

Ciro Sanches Zibordi

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Michael Jackson foi morto pela ILLUMINATI




Há um ano, morria Michael Jackson, conhecido como o rei do pop. Seu precoce e inesperado falecimento gerou muitas especulações. A mais curiosa tem sido propagada pela escatologia aterrorizante e especulativa, que possui representantes em todo mundo. Em seus DVDs em série e canais do YouTube, eles se aproveitam do acontecimento para afirmar que o astro teria sido morto porque resolveu bater de frente com o sistema global dos “senhores do mundo”.
Os web-paranoicos de plantão têm dito que Michael Jackson, nos últimos dias da sua vida, andava triste com a gravadora Sony (isso é verdade, em parte), a qual pertence aos “senhores do mundo” (isso é pura especulação). Em razão da perseguição e da manipulação destes, o astro resolveu denunciar o complô da Nova Ordem Mundial e acabou sendo assassinado pela Illuminati. Essa história é tão verdadeira quanto os romances policiais de Dan Brown, autor de O Código da VinciAnjos e Demônios e Fortaleza Digital.

Ao examinarmos a biografia do rei do pop, vemos que a tristeza o acompanhou durante toda a sua vida. Na infância, além de ter visto seu pai espancar seus irmãos por motivos banais várias vezes, apanhava no rosto e ouvia com frequência: “Você é feio como um macaco”. Ele revelou que sempre tinha pesadelos relacionados com o seu pai. E nunca se esqueceu do dia em que ele, entrando mascarado no seu quarto, passou-se por um sequestrador a fim de ensinar-lhe a fechar as janelas antes de dormir.

Michael foi moral e fisicamente abalado durante a infância e a adolescência por conta de contínuos ensaios obrigatórios, chicotadas, pancadas, além de inúmeros xingamentos. Durante o documentário 
Living with Michael Jackson, exibido pela emissora britânica Granada Television em 2003, ele afirmou que sentia vontade de vomitar quando se lembrava do pai.

Por que Michael era tão triste? E por que morreu precocemente? Foi por causa dos “senhores do mundo”? Não! A sua morte gradual, “à prestação, decorreu do seu afastamento de Deus e dos traumas que herdou dos tempos da infância perdida. Ele nunca se contentou com a sua aparência nem se conformou com a sua adultização precoce. Isso fez dele uma pessoa infeliz, a despeito de toda a sua fama e dos milhões de dólares que possuía.
Diante do exposto, se houve algum “senhor do mundo” que matou Michael Jackson, o seu nome é Joseph Walter Jackson. Este, como pai do astro, se vangloria de tê-lo elevado ao estrelato. Mas foi ele também o principal responsável pela sua infelicidade e pelas suas permanentes esquisitices.
Ciro Sanches Zibordi

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Falso Profeta e as revelações tiradas do orkut dos Crentes!





O reteté é uma abominação ao Senhor. Fruto do casamento do evangelicalismo com a macumba brasileira, o fenômeno religioso que inclui rodopios, gritos histéricos e passos semelhantes aqueles praticados nos terreiros de umbanda. O fenômeno é exclusivamente brasileiro, não ocorrendo em lugares que não estão sob influência do pentecostalismo tupiniquim. Que o diga o amigo Renato Vargens, que após conhecer a Assembléia de Deus aqui do Peru, voltou para o Brasil e escreveu o artigo "Uma Assembléia de Deus sem reteté".

Quero dizer aos irmãos pentecostais sérios que não se preocupem; esta crítica não está destinada a vocês. Sei que há pentecostais inteligentes, idôneos e coerentes, que conciliam de modo maravilhoso a crença na atualidade dos dons espirituais com o ensino Paulino de ordem no culto, apresentando a Deus um culto racional. Estes, embora crendo no poder "dinâmico" do Espírito Santo, não desprezam as escrituras, as quais nos fazem sábios para a salvação. Definitivamente, minha crítica não está voltada a estes.

Mas, se isto é assim, para quem então é esta exortação? Minha crítica é para os meninos flutuantes, para os irracionais, para os palhaços do evangelho que fazem da igreja um grande circo e do púlpito um picadeiro. Sim, minha crítica é para aqueles pastores que se assemelham aos apresentadores de espetáculos, e contratam estes artistas, mágicos e ilusionistas da fé para enganar o povo que, diga-se de passagem, está doente e sem discernimento.

O que o leitor vai ver à seguir é uma prova inconteste do "grau de maturidade" de alguns pastores que estão fazendo a vida lá no exterior. Digo isso porque quem coloca um charlatão destes no púlpito da igreja tem ainda menos juízo que o tal profeteiro do Orkut, que cruza o atlântico para executar suas peripécias, levando os ouvintes ao delírio promovendo histeria coletiva e catarse.









Reparem também no fenômeno das línguas estranhas proferidas pelo pregador. Em mais de uma década de crente, frequentei muitas reuniões ditas "de fogo", e inúmeras vezes ouvi esta mesma verbalização desconexa proferida pelo pregador. Faltaria criatividade ao Espírito de Deus para inspirar línguas diferentes e desconhecidas nos lábios dos crentes? Ora, ou é isso, ou muitos andam copiando o que ouviram por aí.

Louvo a Deus pelos pentecostais, pois com eles e entre eles aprendi a crer e defender minha crença na atualidade dos dons espirituais. No entanto, lamento e choro por dentro cada vez que vejo essas coisas acontecendo bem debaixo dos seus narizes.

Infelizmente, parece que a igreja pentecostal brasileira (e suas filiais no estrangeiro) em seu desejo por possuir o tal poder, esqueceu completamente do importante dom de discernir espíritos.



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Leonardo Gonçalves crê na atualidade dos dons espirituais, mas nao "fecha" com a macumba evangélica nem com os profeteiros do Orkut.




sexta-feira, 2 de julho de 2010

Será que ele prova que Deus não Existe?





Esta eu pesquei na Super Interessante deste mês e é para deixar o famoso ateísta e cientista Richar Dawkins de cara amarrada. A revista diz mais ou menos assim: “Se por um lado, para alguns cientistas é impossível admitir que certas coisas acontecem por causa de Deus, por outro, é impossível para a ciência provar que Deus não existe”.

Essa afirmação - que é pura ciência - é uma espécie de tiro no pé dos cientistas que ainda não se convenceram de que uma realidade cósmica tão bem planejada [isso mesmo, planejada] não pode ser obra do acaso, ou do caos, de uma explosão como o Big Bang. Consideremos o “grande boommm”: seria muita ingenuidade achar que a disposição perfeita dos planetas e galáxias [pelo menos como conhecemos hoje] e ainda as condições perfeitas da Terra para a existência de vida tenham sido obra do caos. Francamente, é difícil de engolir essa. Muito mais difícil do que acreditar que existe um Criador superior, que, por misericórdia [ou por amor, prefiro eu], nos deu, inclusive, a capacidade pensante de duvidar Dele.

A “culpa” pela incapacidade da ciência de provar a existência é de Galileu Galieli, autor do “método científico”, adotado pelos pesquisadores. A lógica é a seguinte: em vez de simplesmente especular sobre as coisas, Galilei criou um método mais rigoroso. São quatro etapas e só passando por elas é possível se chegar a uma conclusão irrefutável. As etapas são: Observação [Olhe e perceba algo notável]; Pergunta [O que é?, por exemplo]; Hipótese [busque uma provável resposta]; Experiência [faça um teste em circunstâncias controladas para confirmar ou negar a hipótese]. E agora José? Quero ver um cientista provar que Deus não existe? Cadê a prova da sua não existência? Onde procurá-la? E mais: como seria possível criar um teste para medir a existência de Deus?

O problema para os pesquisadores, frisa a Super, “é que a ciência, ao contrário da igreja, não prova as coisas pela negativa [só explicando: um milagre é reconhecido pelo Vaticano quando a ciência NÃO consegue explicar o fato]. Para a ciência, a inexistência de provas não é uma prova de inexistência. Ainda segundo a Super, “a única coisa que a ciência pode fazer é afastar Deus do nosso dia a dia, explicando o Universo e todas as coisas de forma lógica e racional em vez de atribuí-las a fenômenos sobrenaturais. Mas daí a dizer que Deus não existe, vai uma enorme distância. E se Richard Dawkins não gostar, sempre pode tirar as calças e pisar em cima”.


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Postou Clóvis Cabalau, tirando uma casquinha do Dawkins, no Púlpito Cristão